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Inauguração da exposição (a)Riscar o Património na Casa dos Patudos

Foi inaugurada no dia 28 de Janeiro mais uma exposição de desenhos no âmbito do projecto (a)Riscar o Património. A mostra conta com uma selecção de desenhos (reproduções e originais) referentes aos encontros que tiveram lugar em 2021 e 2022, bem como a reprodução em contínuo, em monitor de grande dimensão, de todos os desenhos resultantes desses encontros.

Antes da inauguração da exposição houve ainda um encontro de urban sketching no edifício e envolvente, tendo tido como motivo principal a exposição de leques.

A apresentação da exposição esteve a cargo da Senhora Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alpiarça, Margarida Rosa do Céu, dos coordenadores do projecto Margarida Donas Botto e Jorge Vila Nova por parte da DGPC e Sandra Lopes coordenadora do núcleo de urban sketchers do Ribatejo.

A mostra estará patente ao público até dia 20 de Fevereiro.

(fotografias Arlindo Homem / DGPC)

Exposição de desenhos (a)Riscar o Património na Casa dos Patudos

No próximo dia 28 de Janeiro de 2023 será inaugurada na Casa dos Patudos, em Alpiarça mais uma exposição de desenhos no âmbito do projecto (a)Riscar o Património.

A escolha deste edifício para a exposição, que dá início ao conjunto de eventos programados para 2023, teve que ver com o seu grande valor patrimonial onde se conta com um espólio que vai desde o mobiliário, às porcelanas, pinturas e tapeçaria, para além do enorme acervo documental. Por outro lado foi neste edifício, com traça actual de Raúl Lino, que teve lugar o encontro (a)Riscar o Património no Ribatejo em 2022.

Neste contexto, para a realização da exposição, o projecto (a)Riscar o Património teve o importante apoio do núcleo dos Urban Sketchers do Ribatejo, na pessoa da coordenadora Sandra Lopes e do Município de Alpiarça, através da coordenadora da Galeria de Exposições da Casa dos Patudos, Filipa Scarpa.

PROGRAMA

14h00 – Encontro de Urban Sketchers para desenhar a Sala Império, com a sua impar colecção de Leques

17h00 – Inauguração da Exposição de Desenhos (a)Riscar o Património com desenhos dos encontros nacionais de 2022 e 2021.

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA OS INTERESSADOS EM PARTICIPAR NO ENCONTRO DE DESENHO: 
https://forms.gle/V3Q3upWzkGzJKch86



Apresentação do livro (a)Riscar o Património no F(O)LIO – Festival Literário Internacional de Óbidos


No dia 12 de Outubro, Quarta-feira, às 18h30, foi apresentado o livro (a)Riscar o Património no F(O)LIO – Festival Literário Internacional de Óbidos
https://foliofestival.com/

Este evento contou com a presença de Margarida Donas Botto e Jorge Vila Nova, coordenadores do projecto (a)Riscar o Património, de Isa Silva, presidente da Associação Urban Sketchers Portugal, e de André Pereira da editora responsável pela edição, “Caminho das Palavras”.

(fotografias Arlindo Homem / DGPC)


Programa completo aqui:
http://foliofestival.com/2022/FOLIO2022.pdf

19 Encontros, 19 locais diferentes, um tema, um dia, 24 de Setembro…

Galeria das fotografias e dos desenhos de cada encontro na aba do menu “ED. 2022” (em actualização) dentro das respectivas páginas

Encontros (a)Riscar o Património 2022

CARTAZES

Mantenha-se actualizado sobre os encontros (a)Riscar o Património organizados para dia 24 de Setembro seguindo a aba do Menu:
“ED. 2022” (mais informações)


AÇORES – SÃO MIGUEL – VILA FRANCA DO CAMPO
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, Ermida de Santo André em Vila Franca do Campo, às 10h00


AÇORES – TERCEIRA – ANGRA DO HEROÍSMO
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, Forte de São Sebastião e Pousada em Angra do Heroísmo, às 14h00


ALMADA – TRAFARIA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, Praceta dos Bombeiros Voluntários da Trafaria, às 9h30.
Desenhar duas das Batarias do sistema de Artilharia de Costa do Exército de Defesa de Lisboa e da Foz do Tejo.


ALPIARÇA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, na Casa dos Patudos, em Alpiarça, entre as 10h00 e as 18h00
Desenhar a Casa dos Patudos e seu entorno.


COIMBRA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, junto ao Museu da Água de Coimbra no Parque da Cidade, às 14h30.
Desenhar o Parque da Cidade, o Museu da Água e seu entorno.


ÉVORA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 10h00 na Igreja de S. Matias.
Desenhar o Montado.


LAGOS – PRAIA DE DONA ANA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, na Praia de Dona Ana, em Lagos, entre as 10h00 e as 14h00.
Desenhar a Praia de D. Ana e sua envolvente natural.


LEIRIA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 14h30 no Moinho do Papel de Leiria. Desenhar o espaço museológico Moinho do Papel de Leiria até às 17h30


LISBOA
Ponto de encontro: Dia 24 de Setembro, Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos – Museu da Água, Lisboa, das 10h00 às 13h00.
Desenhar o Museu da Água e o seu jardim.


MADEIRA – PARQUE FLORESTAL DO RIBEIRO FRIO
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro Parque Florestal do Ribeiro Frio, entre as 10h00 e as 17h00.
Desenhar os viveiros de trutas, as ribeiras e levadas e o património natural.


MARCO DE CANAVESES – TONGOBRIGA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro Aldeia do Freixo, freguesia do Marco, entre as 10h00 e as 13h00.
Desenhar a cidade romana de Tongobriga.


MIRA – SEIXO
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 10h00 na Casa Gandaresa Seixo de Mira (Centro de Interpretação da Casa e Cultura da Gândara) – Rua dos Moliceiros 12 – Seixo de Mira.
Desenhar a cultura gandaresa no Centro de Interpretação da Casa e Cultura da Gândara


ORTIGA – MAÇÃO
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 10h00, à entrada do bairro da barragem de Belver.
Desenhar a barragem de Belver, o Bairro e os passadiços de Ortiga 


PORTO – AGRAMONTE E BOAVISTA
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 10h00 no Cemitério de Agramonte.
Desenhar o Cemitério de Agramonte da parte da manhã e zona da Rotunda da Boavista na parte da tarde.


PORTO – MASSARELOS
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, às 14h30 na Praça da Galiza junto ao liceu Gomes Teixeira.
Desenhar o Porto Rural (Vale de Massarelos).


SETÚBAL
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, Varanda da Pousada do Forte de São Filipe, em Setúbal, às 10h00.
Desenhar o Forte de Albarquel, Forte de São Filipe e Paisagem.


TORRES NOVAS
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, na Ponte da Levada (Tarambola) – Torres Novas, às 10h00.
Desenhar o Rio Almonda e envolvente, moinhos, teares e hortas.


TORRES VEDRAS
Ponto de Encontro: Dia 24 de Setembro, no Centro de Educação Ambiental, junto à praia da Assenta, às 9h30.
Desenhar o Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras e Centro Interpretativo da Reserva Natural Local Foz Azul, o território natural e a praia da Assenta


VIANA DO CASTELO
Ponto de Encontro:  Dia 24 de Setembro, no Museu dos Transportes de Viana do Castelo, entre as 10h00 e as 17h00.
Desenhar o Museu dos Transportes de Viana do Castelo.


(a)Riscar o Património em Alcáçovas, o encontro

A actividade (a)Riscar o Património decorreu no passado dia 3 de Setembro, Sábado, em Alcáçovas, tendo deixado aos cerca de 15 participantes excelentes motivos para voltar, para conhecer melhor, para desenhar e aprender nesta vila carregada de valor cultural e patrimonial diverso.

O grupo foi orientado pelos membros da Alcáçovas Outdoor Trails, Nuno Grave e João Mendes que, através do traçado medieval da vila, foram apresentando lugares, histórias e monumentos locais. A visita ainda contou com uma visita ao peculiar Jardim das Conchinhas ou Horto do Paço dos Henriques, orientada por Joana Galvão.

Esta iniciativa foi promovida pela AAA – Associação dos Amigos das Alcáçovas / Alcáçovas Outdoor Trails, com o apoio da Junta de Freguesia de Alcáçovas e da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, numa parceria com o projecto (a)Riscar o Património, tendo desempenhado importante papel neste contexto, Tomás Reis.

Os desenhos que resultaram da iniciativa estão expostos no Centro Cultural de Alcáçovas, até ao dia 11 de Setembro. Posteriormente serão apresentados também aqui.

Actividade integrada na Semana Cultural de Alcáçovas.

(a)Riscar o Património em Alcáçovas

Numa organização da Junta de Freguesia de Alcáçovas, Município de Viana do Alentejo, e da Associação de Defesa do Património de Alcáçovas, em parceria com o projecto (a)Riscar o Património (DGPC + USkP) terá lugar no dia 3 de Setembro, um encontro de desenho/sketching no Centro histórico de Alcáçovas.

A hora marcada para início do percurso é 10h00.

A actividade é gratuita, no entanto, as primeiras 12 inscrições terão direito a almoço e material de desenho. Para tal deve ser utilizado o endereço:
aaa.alcacovas@gmail.com

Desenhar Alcáçovas: entre a linha imaginada e a luz alentejana

Que o Alentejo tem sido descoberto pela paisagem, histórias e sabores, já não é novidade. De vários países, repetem-se publicações a destacar a pureza do Alentejo e o sentimento de plenitude que vários lugares trazem.

Talvez seja novidade, porém, que ainda há Alentejo por descobrir. Um Alentejo de mão cheia, a tão curta distância. Do Algarve, toma-se a mítica EN2, que em Alcáçovas tem um dos seus pontos mais próximos de Lisboa. Para quem quer passear além da auto-estrada, Alcáçovas é mesmo um óptimo plano para quem vem das praias do sul.

Pouco antes de se chegar à vila, a paisagem impressiona. O montado ganha uma expressão plena, com as copas dos sobreiros a pontilhar os montes com uma sombra agradável. Até que as curvas suaves da EN2 se entregam às ruas brancas da vila. Alcáçovas teve a arte chocalheira classificada Património Imaterial UNESCO. Uma arte que testemunha o passado pastoril e a doce relação com o montado, a dar sustento à terra. Mas o que por ali se vê é uma sucessão de largos e jardins, numa zona histórica cheia de surpresas.

Hoje parece lendário, mas aconteceu naquela vila alentejana: as viagens marítimas dos países ibéricos foram ali acordadas. Foi no Tratado de Alcáçovas, assinado por D. Afonso V de Portugal e pelos Reis Católicos, que se decidiu: as ilhas Canárias passariam para Castela, deixando Portugal navegar além do Bojador, isto é, a sul do paralelo 27. O Paço onde D. João II recebeu os embaixadores castelhanos é visitável desde 2016.

Pode ser pretexto para começar a desenhar, levantando velhas e novas questões: seriam sustentáveis as linhas de fronteira, em tempos ali desenhadas? Podem as linhas do desenho corresponder ao que se vê? Naturalmente tratam-se de uma abstração; só por coincidência alguém reconhece, num desenho com linha, a pessoa na rua, a janela do paço ou a capela do horto, também conhecido por jardim das conchas. Há não muito tempo, o Paço ameaçava ruína. A sua recuperação também foi fruto do trabalho incansável da Associação dos Amigos de Alcáçovas que, desde o ano 2000, não parou de lembrar a sua importância para a globalização e o estado de esquecimento a que estava voltado. Agora, com o Paço cuidado, a associação continua a fazer o património local conhecido e acarinhado pelos alcaçovenses e a partilhá-lo com quem o queira descobrir.

Há mais para ver (e desenhar) à volta. São casas apalaçadas, templos impecavelmente caiados de branco, que dão uma escala humana, intemporal, àquelas ruas. Quem estiver menos à vontade com a linha, pode sempre lançar algumas manchas no papel, seguindo os jogos de luz e sombra da vila de Alcáçovas.

Parece que a frescura da luz azul, que as paredes em sombra recebem do céu, leva ao repouso, mesmo nas horas de maior calor. Colina acima, chega-se à igreja matriz, que tem modos de catedral. O interior é de uma hallenkirsche, ou igreja-salão, desenhada para que o interior parecesse único, coeso, sem obstáculos. Ver a pesada abóbada apoiada em tão finas colunas, faz parecer vê-la levitar sobre a extensa planura que se vê daquele alto.

À volta de Alcáçovas, muito fica por ver. A barragem do Núncio é das mais antigas estruturas em betão do país: data de 1907 e é um feito de engenharia. Oferece vistas sobre o rio Xarrama, ondulando calmamente entre colinas de montado. O grupo Alcáçovas Outdoor Trails conhece os caminhos à volta como ninguém, e mostram-nos nas caminhadas gratuitas que organizam. São caminhos de um Alentejo bem-amado, onde o tempo não corre, a paisagem é sustentável e passa de geração em geração. Isolado numa colina, levanta-se o santuário quinhentista da Senhora da Esperança, onde chega uma estrada.

Dali, o Sol dourado põe-se atrás da Serra da Arrábida. É ver para crer, como a linha do horizonte ali chega tão longe.

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