Programa:
10h00 Encontro na Casa da Cultura de Santa Cruz/ Quinta do Revoredo
10h15 Praça Dr. João Abel de Freitas
12h30 Almoço
14h30 Museu Quinta das Cruzes
17h00 Encerramento

Anfitriã: Lucilina Freitas

No âmbito da iniciativa (a)Riscar o Património, encontro nacional de desenho de património que se realiza todos os anos integrado nas Jornadas Europeias do Património, e sob o tema “Património e Natureza – Pessoas, Lugares Histórias” , a região da Madeira vem, mais uma vez, se associar ao evento.
Tendo em conta o tema desta 4.ª edição do (a)Riscar a escolha recaiu na Praça Dr. João Abel de Freitas, em Santa Cruz, e no Museu da Quinta da Cruzes, no Funchal.
Tendo em conta o tema desta 4ª edição do (a)Riscar a escolha recaiu sobre a Praça Dr. João Abel de Freitas, em Santa Cruz, denominada comummente por Praça Manuelina, pois à volta deste largo encontramos vários edifícios quinhentistas com esta gramática arquitectónica.
Nomeadamente o edifício dos Paços do Concelho, com as suas emblemáticas janelas maineladas e portal tardo-gótico, classificado de Monumento Nacional, por ser das poucas Câmaras Municipais que continua a funcionar no seu edifício original deste a sua fundação em 1515; a Igreja Matriz de Santa Cruz, construída nos inícios do séc. XVI, à semelhança da Sé do Funchal com três naves e possuindo uma interessante torre sineira de coruchéu octogonal; o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz que foi erguido em 1530, com o seu portal de arco quebrado na Capela de Santa Isabel, e do lado nascente, um tecto simples de estilo mudéjar.
Em complemento a este secular património edificado encontramos, do lado poente, o aprazível Jardim Municipal com os seus centenários tis (Ocotea foetens), árvores endémicas da ancestral Floresta Laurissilva da Madeira, Património Natural da UNESCO.
A segunda parte desta actividade desenvolve-se na vetusta Quinta das Cruzes, no Funchal, que actualmente alberga um importante museu de artes decorativas, onde em harmonia se conjuga o património histórico com o património natural, composto por um rico jardim de centenárias árvores exóticas, de várias partes do mundo, e endémicas que, graças ao clima ameno da ilha, aqui habitam em sintonia.
O Museu da Quinta das Cruzes abriu ao público em 1953, reunindo a coleção inicial de artes decorativas de César Filipe Gomes, um colecionador madeirense.
O imóvel, que foi habitação dos primeiros Capitães-Donatários do Funchal, apresenta hoje uma linguagem dentro do estilo chão, tardo-maneirista, mas ainda podemos encontrar linteis, no piso térreo, com desenho de arcos conopiais próprios do estilo tardo-gótico/manuelino.
Permaneceu na família Câmara até meados do século XVII, transitando para a família Lomelino até finais do século XIX. Apresenta também uma Casinha de Prazer e uma pequena Torre Avista- Navios características da arquitectura madeirense dos séculos XVIII e XIX.
A Quinta possui um parque Arqueológico construído a partir de elementos arquitectónicos provenientes de demolições de vários edifícios, numa montagem de sabor romântico, onde se destacam duas imponentes janelas manuelinas que, segundo a tradição historiográfica, são provenientes do primitivo Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Funchal.